Valência

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A metrópole valenciana tem indiscutível peso nacional. Afinal, é a terceira maior cidade espanhola, bem como a maior praia urbana da Europa – com sete quilômetros de enseada mediterrânea. Graças à população repleta de jovens, vindos de todas as partes do mundo para estudar ou trabalhar, o clima de festa paira no ar. Não falta gente bonita, alegre e receptiva. Famosa ainda por ser a terra da paella, Valência revitalizou áreas antes degradadas e investiu forte em construções futuristas, sem perder o encanto das típicas ruelas e praças românticas.
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Informações úteis: Valência

Ensolarado na maior parte do ano, com mais de 40°C entre julho e agosto. Já o inverno tem temperaturas amenas, que não descem mais do que a 10°C
Espanhol
Cerca de 791 mil habitantes
134,6 km²
(UTC +1) 5 horas à frente do horário do Brasil
Euro
+96
220 V

Cultura

Nada resume tão bem a cultura valenciana quanto as Fallas, a grande festa popular que, de tão importante, virou patrimônio da humanidade. Durante quatro dias de março, de 15 a 19, as ruas da cidade são tomadas por "ninots", bonecos gigantes que representam personalidades mundiais, que marcham e dançam ao som de grupos musicais acompanhados pela multidão – o ápice das celebrações ocorre nas "mascletàs", quando estruturas monumentais feitas especialmente para a ocasião são queimadas em verdadeiros espetáculos pirotécnicos. As Fallas têm origem em uma tradição muito antiga, quando era costume acender fogueiras na véspera do Dia de São José. O sentido dessa reverência também era o de anunciar a chegada da primavera.

Com tradições muito peculiares, Valência se mostra aos poucos. A primeira impressão pode ser colhida observando seu patrimônio arquitetônico. Em meio a praças e ruelas, há construções majestosas e seculares.

Na Plaza de la Reina, por exemplo, ficam a Catedral, do século XIII, e a Miguelete, torre inacabada de 47 metros de altura. A paisagem de Valência também é marcada pelos imponentes palácios, como o Marqués de Dos Aguas, na Praça Pinazo. Já na tradicional Praça del Ayuntamiento está o imponente conjunto de prédios que forma a Prefeitura.

Entre os acervos de maior relevância, estão o Institut Valencià d'Art Moderna, o Museu de Belles Arts e a Casa-Museo de Blasco Ibáñez, o escritor mais famoso da cidade. Nada, porém, é comparável à Ciutat de Les Arts i Les Ciències, obra do famoso arquiteto Santiago Calatrava. O ultramoderno complexo é um polo cultural que abriga planetário, museu interativo de ciências, casa de ópera, aquário, cinema 3D e Jardim Botânico.

No quesito música erudita, os concertos fazem sucesso. O Palau de la Música é palco de 200 apresentações anuais da renomada Orquestra de Valência.

Comida

Um dos principais símbolos da gastronomia espanhola vem de Valência, a terra original da paella. O arroz é ingrediente obrigatório em quase todos os pratos da região. 

No cardápio de muitos bares e restaurantes, as tapas (tira-gostos) ratificam sua fama nacional e saem bastante como entrada. Para beber, as tradicionais horchata de chufas (leite batido com amêndoas e avelã) e o granizado de limón (espécie de raspadinha) fazem sucesso no verão.

Muitas casas servem ainda a combinação perfeita entre queijos e vinhos. Anote na agenda: no começo de julho, acontece sempre o festival Valencia Cuina Oberta. Na ocasião, os melhores restaurantes da cidade servem menus promocionais no almoço e no jantar.

Noite

A cidade tem muitos bares para fazer happy hour, comer tapas e curtir música ao vivo. O bairro do Carmen, na área histórica, é o principal point de bares, pubs e boates lotadas. As baladas à beira-mar são outra boa opção.

Pelas ruelas do centro histórico, visite a Praça de Touros valenciana (rua Xátiva), uma das maiores de toda a Espanha. No verão, o local recebe um grande número de eventos, sempre concorridos.

O que fazer

Sem dúvida, a grande atração é a Cidade das Artes e Ciências, construída na parte nova de Valência, em uma área de 350 mil metros quadrados, o equivalente a dois estádios do Maracanã. O megacomplexo de arquitetura futurista rende programa por vários dias, pois reúne um grande jardim público, planetário com cinema 3D, museu interativo de ciências, o maior aquário da Europa e uma Casa de Ópera.

Apontando para o mar, aproveite o sol e as águas transparentes do Mediterrâneo. A praia Malvarrosa é umas das mais badaladas. Como parte da onda de revitalização na cidade, foi construído do zero um gigantesco porto. O lugar foi concebido para sediar uma edição da America's Cup, o mais importante evento de iatismo do mundo, realizado pela primeira vez em solo europeu desde sua criação, em 1851. A zona portuária conta ainda com uma marina para mais de 600 barcos e um moderno prédio à beira-mar, cheio de lojas e restaurantes.

Para sair da maresia e curtir um pouco de verde, vá ao Jardim dos Turias, um imenso parque público que corta toda a cidade. No passado, esse espaço pertencia ao leito do rio Turia, que precisou ser aterrado após uma grande enchente na década de 1950. Assim, o local virou uma área de lazer ótima para atividades físicas e passeios. Outra boa opção em meio à natureza é o Jardim Botânico, que guarda mais de 45 mil espécies de plantas do mundo todo.

Compras

As melhores lojas de Valência espalham-se pela Praça del Ayuntamiento e ruas Don Juan de Áustria e Cólon, no centro. Bem perto fica a Avenida Suécia, onde ocorre uma feira da pechincha dominical ao ar livre. Seguindo o mesmo estilo também estão o Mercado Central (na Praça do Mercado), o Mercado da Praça Redonda e o Mercado de Colón, que abriga os principais cafés e restaurantes.

Os coloridos produtos de cerâmica, porcelana e artesanato, frutos da influência árabe, também são famosos na região. Outro centro comercial importante está ao redor da Cidade das Artes e Ciências, na avenida Autopista del Saler.

Transporte

A apenas três horas de trem de Madri e Barcelona, Valência conta com um transporte público bem funcional. As quatro linhas de metrô cobrem do aeroporto à praia; bondes, ônibus e táxis completam o sistema. Existe até linha noturna de ônibus, que opera das 23h às 3h. Para quem alugar carro, as avenidas são largas e bem sinalizadas. Mas se a rota for pelo centro histórico, o ideal mesmo é andar a pé ou de bicicleta.