Sevilha

Sevilha

Centro financeiro e capital da Andaluzia, no sul da Espanha, Sevilha é grandiosa e histórica. Fenícios, gregos, romanos e árabes já viveram na região, atraídos por suas riquezas minerais e terras férteis às margens do rio Guadalquivir, de onde Cristóvão Colombo partiu para a América e que hoje corta a metrópole moderna. Apesar do agito, Sevilha mantém atmosfera interiorana, com centro antigo, praças, ruelas, vilas e arquitetura de época. Até as flores de laranjeira são enfeite e perfume bastante comuns na paisagem urbana. Além da beleza, a cidade representa bem o espírito festivo espanhol.
Sevilha - carrossel 1
Sevilha - carrossel 2
Sevilha - carrossel 3
Sevilha - carrossel 4
Sevilha - carrossel 5

Informações úteis: Sevilha

Mediterrâneo, com verões quentes e invernos de temperaturas mais amenas
Castelhano
Cerca de 690 mil habitantes
140 km²
(UTC +1) 5 horas à frente do horário do Brasil
Euro
+95 ou +854
220 V

Cultura

Uma cidade recheada de monumentos e lugares históricos, alguns deles declarados até patrimônio da humanidade pela Unesco. Assim é Sevilha, que ainda guarda vestígios do povo romano e está fortemente influenciada pela arte muçulmana na arquitetura de muitas casas, pátios e edifícios públicos.

Os fãs de ruínas antigas e igrejas vão se esbaldar. A catedral de Sevilha, com sua enorme torre Giralda, é uma das mais importantes da Espanha. Erguida no século XII, foi originalmente uma das grandes mesquitas durante a ocupação moura até ser transformada em templo gótico após a reconquista espanhola. Igualmente importante, a Basílica de Macarena, ao norte do centro, leva o nome e imagem da padroeira da cidade.

O tesouro arquitetônico sevilhano continua pelo complexo de Real Alcázar, uma série de palácios no estilo mudéjar (estilo ibérico que mescla influências cristãs e islâmicas) construído ao longo de mil anos. Outro marco é a Torre del Oro, erguida em 1220 na margem do rio Guadalquivir. Tem esse nome por causa dos azulejos dourados.

Dona de um passado rico, a cidade só poderia contar com ótimos museus. E a lista é grande: o Taurino, o de Arte Contemporânea da Andaluzia, o Arqueológico, o de Belas Artes, o de Baile Flamenco e o Arquivo Geral das Índias. Este último guarda milhares de documentos, como o famoso Tratado de Tordesilhas e as cartas pessoais de Cristóvão Colombo.

A diversidade cultural de Sevilha, marcada pelas touradas e flamenco, também se expressa nas festas religiosas e regionais. A Feira de Abril e a Semana Santa são as celebrações típicas mais populares e animadas.

Comida

Apesar da culinária típica andaluza, Sevilha segue a tradição espanhola das tapas, mas com destaque para as porções de peixes e frutos do mar desses petiscos, ofertados aos montes em bares e restaurantes.

Já a gastronomia local tem forte toque da cultura árabe, povo que habitou a região no passado. Assim, na maioria dos pratos, usa-se bastante o azeite de oliva. Prove o gaspacho, uma sopa fria preparada em diferentes sabores, como tomate ou camarão. É servida como entrada e refresca no verão. Outras receitas de sucesso são os ovos à flamenca (de origem cigana), o pescado frito, o chouriço (carne de porco) e a rabada de touro.

Cultivados no interior e na serra, os pratos de caça, como javali, coelho e perdiz, também são encontrados na cidade. Dos rebanhos suínos derivam o presunto cru (jamón), que é bastante apreciado e vai de recheio em muitos bacadillos (sanduíches). E a cozinha árabe – olha aí ela de novo – amplia sua presença nos doces à base de amêndoas e mel.

Para beber, chame uma cerveja ou vino de verano (vinho com soda e limão).  A sangria (misto de vinho com soda, limonada, frutas e gelo) continua sendo a grande estrela, pois sua origem está justamente na região da Andaluzia.

Em Sevilha, não faltam opções para comer bem. Mas é no bairro Santa Cruz onde se encontram os melhores restaurantes e bares, seja para um tira-gosto no fim de tarde ou para uma refeição mais requintada.

Noite

Na parte histórica da cidade, o bairro de Santa Cruz concentra o agito dos bares, muitos com direito à música ao vivo. O Rinconcillo é um dos mais antigos e mantém sua arquitetura original da década de 1930.

Outro reduto boêmio é a Praça Alfalfa, cercada de botecos animados e pequenas baladas. Os mais descolados preferem a Alameda de Hércules, a oeste, para curtir até tarde em seus famosos cafés. O espírito festivo da Espanha moderna se estende ao tradicional bairro de Triana. Por ali, mais uma porção de bares e baladas atrai os jovens.

Na programação noturna, vale conferir uma apresentação de flamenco, um dos espetáculos mais turísticos da cidade. El Palacio Andaluz é um grande teatro com espaço para jantar, enquanto se aprecia a dança típica. A Casa de La Memoria é mais um palco (tablao) famoso, com shows diários de grupos variados. Quem assiste aos dançarinos de flamenco pela primeira vez se empolga fácil com o ritmo das castanholas.

O que fazer

O que fazer em Sevilha? As atrações na capital adaluza exigem fôlego do viajante, pois há muitos locais para conhecer e fotografar. Não bastassem os pontos históricos, vale explorar algumas regiões importantes da cidade.

Gaste um dia inteiro a passeio pelas ruas estreitas, praças e pátios de Santa Cruz, bairro situado no centro, onde antigamente vivia a comunidade judaica e mulçumana. Hoje, a área abriga muitas lojas, bares, restaurantes e belos casarões. Do outro lado do rio, fica o tradicional bairro de Triana, considerado o berço do flamenco e centro cultural de artesanatos e cerâmica.

No roteiro, inclua algumas praças (plazas) famosas e seculares, como Toros, España  e América – todas cercadas de edifícios históricos, museus e monumentos. Esta última, aliás, situa-se no convidativo parque Maria Luisa. Dá até para andar de charrete.

Curtindo a natureza, aproveite as margens do rio Guadalquivir para caminhar ou andar de bike. É possível ainda realizar passeios de barco e, literalmente, esquecer da vida. Emende o tour para a Ilha da Cartuja, sede do Monastério, do Centro de Pesquisa Científica e Tecnológica e do parque de diversões.

Compras

O movimento hippie já passou há muitos anos, mas a aura dessa tribo é remanescente em Sevilha. Por isso, aproveite para comprar artesanatos. São frequentes as feiras organizadas por jovens nas praças Magdalena, Calle Rioja, Calle Feria e Calle Alameda. Roupas de couro, bijuterias de pedras e peças de arte estão entre as principais ofertas.

O comércio de rua é ainda mais intenso entre a Praça San Francisco e a Calle Sierpes. Estão à venda produtos típicos, como artigos de flamenco e suvenires variados.

Se tiver tempo e disposição, os tradicionais bairros de Triana e Santa Cruz abrigam diversas lojas de artesanato, antiguidade e cerâmica pintada à mão da região. Não custa nada pesquisar ou comparar preços.

No quesito moda fashion, Sevilha está longe do glamour de Madri, mas tem uma grife bastante conhecida no país. Trata-se da Victorio & Lucchino, uma rede de roupas multimarcas dos designers locais. Até a famosa atriz Penélope Cruz já foi garota-propaganda.

Transporte

As linhas de ônibus públicos servem bem toda a cidade, ao passo que a estação de trem conecta Sevilha com muitos outros municípios da região. A linha de metrô possui 22 estações espalhadas pelo centro urbano e área metropolitana. Além disso, o viajante pode andar de táxi ou até alugar bicicletas, pois a cidade conta com 120 km de ciclovias.